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Rhanna Andrade

Rhanna Andrade

11 Mar 2020 3 min de leitura

Para mulheres, por mulheres

O Mulheres de T.I. é um coletivo feminino da cidade do Recife fundado no ano de 2018 que nasceu com o objetivo de trazer à tona os problemas enfrentados pelas mulheres que fazem parte do mercado local de tecnologia e/ou que estudam cursos relacionados. Além disso, e talvez mais importante, queremos também mobilizar e movimentar pessoas e empresas da nossa comunidade para de alguma forma melhorar esta realidade.

Em 2018, ano da sua criação, o coletivo lançou a pesquisa Como é ser mulher de T.I. em Recife? e realizou um evento para as participantes da pesquisa compartilharem suas histórias e pensar em ações possíveis para (quem sabe um dia) transformar o cenário da mulher de T.I. na cidade do Recife. Em 2019 os resultados coletados ajudaram a formular uma cartilha de boas práticas no ambiente de trabalho - um convite a construir locais de trabalho menos machistas para as mulheres. A cartilha foi lançada junto com o site Mulheres de T.I. Recife e está disponível para download, assim com os resultados da pesquisa feita no ano anterior.

Foto das Mulheres da Labcodes juntas, usando a camisa do evento

Neste ano, aproveitando o ensejo do #8M, o Mulheres de T.I promoveu no último dia 7 de Março o Programa de Comadres, trazendo mais um pouco de reflexões hiper pertinentes. Nós, mulheres da Labcodes, participamos da construção do evento e podemos dizer que ficamos muito felizes com o tanto de mulher incrível que pôde tornar o dia tão único.

Montagem com foto das palestrantes nas apresentações

Para iniciar, Taísa Silveira apresentou para todxs a sua palestra A tecnologia pode ser RACISTA? Construindo códigos, fomentando a equidade. A jornalista, mestre em Antropologia e especialista em Marketing Digital, trouxe a reflexão sobre as tecnologias que usamos diariamente e quais os seus impactos tangíveis e intangíveis quando elas apresentam um viés racial hegemônico.

A talk da cientista de dados Fernanda Santos, Do Excel ao Python - como consegui me tornar uma cientista de dados sem ter formação em tecnologia, mostrou que para começar no mundo de T.I é só botar a mão na massa e ter muita, muita vontade de aprender e evoluir. Também reforçou a importância do apoio da comunidade, já que sua transição para o Python aconteceu com o apoio das mulheres incríveis do PyLadies.

Gabbe Barbosa, UX designer, trouxe uma talk muito pessoal e sensível: Lidando com ansiedade no ambiente de trabalho: um processo de design. Numa trajetória super íntima, Gabbe contou como transformou a sua ansiedade diagnosticada em um trabalho inspirador. Como projeto de conclusão de curso, pensou um app que tinha como proposta ajudar pessoas que passam por situações de estresse/ansiedade no dia-a-dia e precisam de um escape rápido, ao alcance das mãos.

Foto do auditório, mostrando em plano aberto, o palco onde se encontram as convidadas da mesa redonda

Na mesa redonda, o ponto do partida era a pergunta: Por onde começar na área de T.I? Com reflexões de Vanessa Gomes, Cris Lacerda, Laura Lemos e da mediadora Juliana Carvalho, pudemos ter uma discussão muito lúcida sobre o mercado de trabalho e a colocação da mulher nessa equação. Foram muitos aprendizados, e queríamos que tivesse durado o dia inteiro!

E foi assim que finalizamos esse evento lindo que foi o Programa de Comadres. Ficamos muito felizes com o resultado e esperamos que, para todxs que compareceram, tenha sido tão especial quanto foi para nós! ❤