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Rhanna Andrade

Rhanna Andrade

13 Fev 2023 3 min de leitura

Startups e Débitos de Design: quem vai pagar essa conta?

Se você é uma pessoa que trabalha em uma startup, você provavelmente está acostumada com a pressão para colocar produtos no mercado o mais rápido possível. Nessa pressa para cumprir os prazos, acaba sendo natural escolher alguns atalhos e, com isso, criar débitos de design. Mas o que são eles, afinal? Débito de design é uma dívida de tecnologia que normalmente acontece quando a equipe tenta encurtar prazos e fazer correções apressadas durante o processo de desenvolvimento para entregar uma tarefa ou lançar um produto rapidamente. Isso pode incluir decisões como escolher uma ferramenta de design com um conjunto limitado de recursos ou não dedicar tempo para considerar completamente a experiência do usuário.Esses atalhos podem ser caros, pois podem levar a uma diminuição na retenção de usuários e na satisfação do cliente, bem como uma diminuição no valor geral do produto.

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Todo mundo paga por isso.

Esses débitos técnicos podem ser especialmente problemáticos para startups, já que geralmente são empresas que têm recursos limitados. Além disso, elas podem estar mais propensas a passar por essa situação porque podem não ter um Design System estabelecido ou processos de design definidos. Sem uma base sólida, pode ser um desafio garantir que todas as decisões estejam alinhadas com o branding da empresa e as diretrizes de UX. Produtos projetados em uma cultura de pressa podem facilmente levar os usuários à frustração. Imagine lidar com bugs, baixo desempenho e falta de consistência ao tentar realizar tarefas simples em uma nova ferramenta que está usando. As chances de abandono de um produto, mesmo sendo o "queridinho do momento", são altíssimas. Se você está preocupado em manter seu usuário (spoiler: você deveria estar), você não deve correr esse risco. Então, como minimizar o impacto dos débitos de design em sua empresa? Você pode começar com estas dicas:

  1. Defina diretrizes e padrões claros: mesmo que você não tenha um Design System, ainda é possível definir diretrizes para seu time seguir. Isso inclui tipografia, paletas de cores e bibliotecas de componentes. Ter regras claras ajuda a garantir consistência e reduz o risco de débitos técnicos no futuro.
  2. Planeje a longo prazo: reserve um tempo para entender completamente os requisitos de um projeto e planeje de acordo com eles. Isso pode exigir um cronograma um pouco mais extenso, mas que compensará a longo prazo.
  3. Teste com antecedência e com frequência: realize testes de usabilidade e colete feedback dos usuários em vários estágios do processo de design. Isso ajudará a identificar quaisquer problemas já em fases iniciais e permitirá uma iteração rápida.
  4. Revise regularmente suas decisões de design: Lembre-se de reservar algum tempo em sua agenda para revisar decisões tomadas, e faça com que isso se torne rotina. Isso ajudará você a detectar e resolver quaisquer débitos técnicos que possam ter se acumulado.
  5. Priorize o design: certifique-se de que o design seja uma prioridade para sua equipe. Invista em recursos focados nesta área e aloque tempo para que os designers façam seu melhor trabalho. Isso ajudará a garantir que seu produto seja bem projetado e menos propenso a ter possíveis brechas não resolvidas.

No geral, a chave para mitigar débitos é priorizar o design desde o início, contratando profissionais da área, valorizando a pesquisa e testando o produto com frequência. Além disso, as decisões de design devem ser baseadas em dados e feedback do usuário, e o processo deve ser refinado e iterado. Ao seguir essas dicas simples, você pode minimizar o impacto negativo de ter deixado pontas soltas no caminho e assim criar um produto mais sólido e escalável.