Labcodes pelo mundo
O mês de maio foi bastante movimento na Labcodes. Palestramos em dois eventos internacionais, um nos EUA e outro na Alemanha. Na PyCon, fizemos duas apresentações, uma sobre Graph Database e outra sobre como construir uma API focada no usuário. Na Alemanha, Mariana foi na DjangoCon Europe para falar sobre como fazer queries complexas usando Django ORM.
PyCon
A Pycon é uma conferência anual e acontece nos EUA desde 2003, com exceção do biênio 2014/2015, quando ela aconteceu em Montreal. Atualmente, ele é o maior encontro anual da comunidade Python. A primeira edição aconteceu em Washington, D.C. e, desde 2006, é realizada duas vezes consecutivas na mesma cidade. 2018 foi o primeiro ano de Cleveland, o que significa que, ano que vem, a Pycon será novamente lá.
Banco de dados baseado em grafos
A nossa FullStack Nicolle falou sobre Graph Database. Na sua palestra, ela demonstrou como, em um cenário onde o banco de dados relacional não seria a melhor solução, um Graph Database resolveria melhor o problema. Ela também apresentou os conceitos da estrutura de dados e introduziu um sistema de gerenciamento de banco de dados baseado em grafo, o Neo4J. Por fim, mostrou como integrar o Neo4J em aplicações Python, utilizando o Py2neo.
“Como a minha primeira PyCon, o evento me impressionou pela grandiosidade: mais de 3 mil pessoas em um centro de convenções gigante e super confortável.
Outro ponto que chamou atenção foi a preocupação com a inclusão. Todas as palestras eram transcritas ao vivo, permitindo que pessoas que tivessem qualquer dificuldade em escutar o palestrante (inclusive pessoas surdas) pudessem acompanhar o conteúdo ministrado. Indicadores de pronome de tratamento no crachá e sala para mães/pais deixarem seus filhos enquanto aproveitam o evento são outros bons exemplos de inclusão que deveriam ser seguidos por mais eventos no Brasil.
Como palestrante, eu me senti muito bem acolhida pela organização. Eles enviaram um passo a passo sobre o que eu precisava fazer antes do horário da apresentação para que tudo desse certo na hora H e disponibilizaram uma sala exclusiva para os palestrantes poderem se concentrar e ensaiar sua palestra, com comidas e bebidas leves.
Sobre o conteúdo das palestras, algumas foram muito boas, mas outras não chamaram muito minha atenção (talvez eu estivesse nervosa com a minha apresentação e acabei não prestando tanta atenção nas outras palestras). No fim, saí de Cleveland com novas ideias que podemos discutir para melhorar os eventos de Python no Brasil e pretendo aplicar tal conhecimento na próxima Python Nordeste, em 2019.” — Nicolle
Design de uma API focado no usuário Na palestra de Renato, ele mostra como uma API é uma user interface e desta forma podemos melhorar o processo de criação através de um processo de UX.
Ele aborda as razões pelas quais deveríamos usar esta metodologia e como utilizá-la ao longo do processo, desde o product definition até a validation.
A palestra é bem explicativa e não é necessário o entendimento prévio de conceitos sobre Design ou UX.
“Esta foi a minha segunda Pycon. Você pode conferir o que eu achei na primeira vez que participei aqui. A conferência foi fantástica, o cuidado que o time organizador teve em cada detalhe foi surreal. Todas as coisas foram pensadas para que tivéssemos a melhor experiência. Foi a minha primeira vez como palestrante. Eu estava apavorado, mas deu certo levando em conta que foi a minha primeira vez palestrando em inglês. Mas tenho muito a melhorar! Espero que eu esteja em Cleveland novamente no próximo ano!” — Renato
DjangoCon — Europe
Assim como a Pycon, a Django Conference Europe é um evento anual. Realizado desde 2009, este ano aconteceu em Heidelberg, na Alemanha.
Fazendo consultas complexas usando Django ORM
Na palestra de Mariana, ela mostra como usar Django ORM para fazer consultas complexas em um banco de dados relacionais. Para exemplificar isto, Mari demonstrou como aplicar estas ferramentas em problemas reais. Ela usou dois conjuntos de dados: os CNPJ’s do Brasil e outro com os gastos dos deputados da câmara.
“Antes de ir para a DjangoCon Europe, eu não tinha ideia de como seria ir para uma conferência internacional. Depois de ir para vários evento de Python no Brasil, eu pensei que eu não me sentiria em casa, como de costume acontece. Apesar das minhas expectativas de ter uma experiência mais técnica do que social, mesmo antes do primeiro dia fiquei surpresa ao me ver cercado cercada por pessoas que agora posso considerar amigos. A comunidade é definitivamente o ponto mais forte da DjangoCon Europe. Não apenas os organizadores, mas também os participantes que fizeram de tudo para serem inclusivos e acolhedores.
Ser capaz de conversar e compartilhar uma refeição com as pessoas que desenvolvem as ferramentas com as quais trabalho, e ainda ver que elas são pessoas comuns como nós, foi uma experiência que mudou minha vida. Também me mostrou que, para contribuir para estas ferramentas, só preciso perguntar: ‘como posso ajudar?’. Eu mesma tenho um pull request aprovado no Channels.” — Mariana
Tudo isso nos deu mais experiência em conferências internacionais e nos fez pensar em como podemos melhorar as conferências brasileiras.
Se você tem alguma dúvida ou curiosidade sobre a nossa experiência, comente aqui ou nos faça uma visita.